
Tom Cruise: 10 Filmes Imperdíveis de Um Ícone do Cinema

Fernanda Caseiro Talarico
Com uma carreira de mais de quatro décadas, Tom Cruise se consolidou como um dos maiores nomes de Hollywood, misturando carisma, dedicação extrema a cenas de ação e versatilidade dramática.
Desde os anos 1980 até hoje, ele conquistou fãs como o piloto Maverick em Collateral.
Esta lista celebra seus 10 melhores filmes — obras que definiram sua trajetória, quebraram recordes e provaram porque Cruise é sinônimo de cinema espetacular. Ao final, saiba onde assistir a cada um dos títulos.
Top Gun: Maverick (2022)
Trinta e seis anos após o original, Tom Cruise retorna em Top Gun: Maverick como Pete "Maverick" Mitchell em uma sequência que supera o primeiro filme em todos os aspectos. Desta vez, Maverick enfrenta seu ado enquanto treina uma nova geração de pilotos para uma missão suicida contra uma instalação nuclear inimiga. O filme se destaca por suas cenas aéreas revolucionárias, filmadas com atores reais em caças F/A-18 Super Hornet, criando uma imersão sem precedentes. Cruise, aos 60 anos, realiza suas próprias cenas de voo, demonstrando um compromisso incomum com o realismo. A relação emocional com Rooster (Miles Teller), filho de seu falecido amigo Goose, adiciona profundidade à narrativa. Com direção precisa de Joseph Kosinski, o filme equilibra nostalgia e inovação, tornando-se um marco do cinema de ação moderno e um dos maiores sucessos da carreira de Cruise.
Missão Impossível - Efeito Fallout (2018)
Considerado por muitos como o melhor filme da franquia, Missão Impossível - Efeito Fallout eleva a série a novos patamares de excelência técnica. Cruise, aos 56 anos, realiza algumas das cenas mais perigosas de sua carreira, incluindo um salto HALO (High Altitude Low Opening) real e uma perseguição de helicóptero no Caxemira para a qual ele aprendeu a pilotar. A trama complexa entrelaça elementos de todos os filmes anteriores, criando uma narrativa coesa e recompensadora para fãs de longa data. O filme é um testemunho da dedicação de Cruise ao cinema de ação prático, com sequências coreografadas com precisão cirúrgica que estabeleceram novos padrões para o gênero.
Collateral (2004)
Neste thriller noturno dirigido por Michael Mann, Cruise surpreende como Vincent, um assassino de aluguel metódico e filosófico. Filmado quase inteiramente nas ruas de Los Angeles à noite, Collateral cria uma atmosfera única de tensão crescente, utilizando a fotografia digital pioneira para capturar a estética urbana. A transformação física de Cruise - cabelos grisalhos e trajes impecáveis - complementa uma de suas atuações mais contidas e ameaçadoras. Jamie Foxx, como o taxista involuntariamente envolvido no crime, oferece um contraponto perfeito. A cena do clube de jazz, filmada durante um blecaute real, é particularmente memorável. O filme permanece como uma prova da versatilidade de Cruise, capaz de brilhar mesmo em papéis contra-tipo.
Jerry Maguire - A Grande Virada (1996)
Este clássico moderno de Cameron Crowe apresenta Cruise no auge de seu carisma no qual o protagonista, Jerry Maguire, é um agente esportivo em crise existencial. Jerry Maguire - A Grande Virada equilibra com maestria comédia romântica, drama esportivo e crítica social, com diálogos que se tornaram icônicos ("Show me the money!", "You had me at hello"). A jornada de Jerry da arrogância corporativa para uma vida mais autêntica ressoa décadas depois, com temas sobre integridade profissional e crescimento pessoal que permanecem relevantes. A química entre os protagonistas e o roteiro afiado fazem deste um dos filmes mais recompensadores da filmografia de Cruise.
Rain Man (1988)
Este emocionante drama rodoviário marcou um ponto de virada na carreira de Cruise, provando que ele podia ir além dos papéis de galã. Como Charlie Babbitt, um negociante egoísta que descobre um irmão autista (Dustin Hoffman em performance vencedora do Oscar), Cruise mostra camadas surpreendentes de vulnerabilidade. A evolução do personagem - da ganância inicial para uma compreensão genuína - é uma das jornadas mais comoventes de sua carreira. Barry Levinson dirige com sensibilidade, evitando sentimentalismo fácil. Rain Man foi pioneiro na representação do autismo no cinema e permanece culturalmente significativo, com cenas como a do cassino (onde Raymond conta cartas) entrando para a história do cinema.
No Limite do Amanhã (2014)
Esta inovadora ficção científica, baseada no romance japonês All You Need Is Kill, reinventa o conceito de loop temporal com ação inteligente e humor preciso. Cruise interpreta um oficial de relações-públicas covarde que, ao reviver repetidamente o mesmo dia de batalha contra alienígenas, transforma-se em um soldado habilidoso. Emily Blunt é excelente como a "Anjo Verdadeiro" Rita Vrataski, uma guerreira lendária. No Limite do Amanhã se destaca pela evolução orgânica do personagem de Cruise e por suas sequências de ação criativas, que evitam a repetição por variações sutis em cada loop. Um dos sci-fi mais subestimados da década, que ganhou condição de culto após seu lançamento, grande parte pela performance de Cruise.
Questão de Honra (1992)
Este drama jurídico dirigido por Rob Reiner apresenta uma das cenas mais icônicas da carreira de Cruise - o confronto final com Jack Nicholson ("You can't handle the truth!"). Como o astuto tenente Kaffee, Cruise equilibra sarcasmo afiado com idealismo crescente, sustentando um duelo eletrizante. O roteiro de Aaron Sorkin, em sua estreia no cinema, é repleto de diálogos afiados e reviravoltas inteligentes. O filme explora temas de moralidade, hierarquia militar e responsabilidade pessoal que permanecem relevantes, especialmente em discussões sobre abuso de poder. A cena do tribunal foi filmada em um único take master, com Nicholson improvisando partes de seu monólogo. Questão de Honra consolidou Cruise como um ator capaz de manter o próprio contra os melhores do cinema.
Minority Report (2002)
A colaboração entre Cruise e Spielberg resultou nesta visão sombria de um futuro onde crimes são previstos e punidos antes de acontecerem. Como John Anderton, chefe da divisão PreCrime, Tom Cruise traz intensidade física e emocional ao papel de um homem em fuga do próprio sistema que defendia. O filme combina sequências de ação inovadoras (como a memorável cena dos spiders robóticos) com profundidade filosófica, questionando conceitos de livre-arbítrio e determinismo. A produção design criou um futuro credível, influenciando a estética tecnológica por anos. A cena emocional onde Anderton revê memórias de seu filho desaparecido é uma das mais poderosas da carreira de Cruise. Minority Report permanece como um dos melhores filmes de ficção científica do século 21, além de destaque na carreira do ator, com temas que se tornaram cada vez mais relevantes na era da vigilância digital.
Nascido em 4 de Julho (1989)
Nesta biografia poderosa do veterano Ron Kovic, Cruise entrega sua atuação mais visceral e transformadora, que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Nascido em 4 de Julho, de Oliver Stone, acompanha a jornada de Kovic de patriota ingênuo para veterano paraplégico e, finalmente, ativista anti-guerra. Cruise ou meses em cadeira de rodas para preparar o papel, e seu compromisso é evidente em cada cena. A sequência do hospital no México, filmada com lentes distorcidas, é particularmente chocante. A cena do protesto na Convenção Republicana, baseada em eventos reais, permanece eletrizante. Um marco tanto para Cruise quanto para o cinema político americano.
O Último Samurai (2003)
Nesta epopeia histórica dirigida por Edward Zwick, Cruise interpreta Nathan Algren, um soldado americano traumatizado que encontra redenção na cultura samurai. O Último Samurai evita simplificações, apresentando ambos os lados do conflito cultural com nuance. Ken Watanabe é magnífico como o líder samurai Katsumoto, oferecendo um contraponto perfeito para a jornada de Algren. As cenas de batalha são coreografadas com precisão histórica, enquanto os momentos mais quietos exploram temas de honra, tradição e mudança cultural. Cruise aprendeu japonês básico e treinou extensivamente em artes marciais para o papel. Apesar de críticas iniciais sobre o tema do "salvador branco", o filme envelheceu, bem como um estudo sobre encontros culturais e crescimento pessoal que transparece por meio da performance complexa de Cruise.
Onde assistir aos dez melhores filmes de Tom Cruise?
Abaixo, saiba onde assistir online, em streaming, aos dez melhores filmes do astro Tom Cruise, seja na Netflix, Prime Video ou qualquer outra plataforma.